terça-feira, 5 de abril de 2011

Após a leitura e reflexão do artigo «Representações sobre o desenvolvimento humano», apresente as representações sociais identificadas pela autora sobre os diferentes grupos etários.

“Nossos resultados mostram que a criança foi associada com brincadeiras, inocência e
dependência; o adolescente com transformações no corpo, crises existenciais e sexualidade; o adulto com produtividade, trabalho, estabilidade e, o idoso com sabedoria e experiência.” (RSDH, pág. 147).

Definir as representações caracterizadoras de um grupo etário num contexto alargado de sociedade, tem como base imutável essencial as marcas do tempo nos corpos biológicos, todas as restantes características variam, dependendo dos objectivos que os conceitos intrínsecos ou extrínsecos do avaliador entendem como correctos.

Qual é a importância da metacognição no processo de aprendizagem?

“Assim, o «bom aluno» deveria saber resolver problemas, avaliar e corrigir o seu desempenho pessoal, ou seja, usar o pensamento metacognitivo na sua tripla atribuição: conhecimento acerca dos seus próprios processos cognitivos tomada de consciência desses processos e controlo sobre os próprios processos mentais.” (Texto 3, pág. 6).

A definição contextualizada na prática da metacognição acima definida é um exemplo objectivo de como deveria ser o papel de um aluno e professor no entendimento de Piaget, contudo, apesar de um professor não dever sempre “ensinar” de forma tradicional, deverá através do exemplo introduzir no aluno o entendimento das ferramentas de auto – analise e de auto – reflexão, que no presente sistema de ensino ainda se pouco utiliza que poderá ser mais do que simples sistema tampão ou regulador pessoal, mas sim, uma força motriz na criação de novo conhecimento.

Confronte a sua postura face à aprendizagem e ao seu processo formativo com as ideias do Texto 3 sobre a formação de educadores/professores

“Trata-se de promover competências de reflexão mobilizadas em função de uma dialéctica interactiva entre teoria e prática ou, se quisermos, entre teorias implícitas e teorias explícitas, no sentido de uma (re)construção profissional e pessoal permanente.” (Texto 3, pág. 7)

Nem todas concepções implícitas são senso comum desinteligente, nem todas as concepções explícitas são correctas. A lógica para analisar de forma mais equilibrada a mente humana de forma a criar mecanismos pedagógicos que possibilitem a sua formação saudável carece menos de entendimento matemático e mais emocional, tendo em conta as características únicas de cada um.

Reflicta sobre uma ideia do mesmo texto que, para si, seja nova e muito importante.

“Todo este enquadramento teórico-prático inerente à concepção construtivista/ interaccionista pressupõe a reconceptualização dos percursos formativos dos professores no sentido de favorecer não apenas uma reflexão e análise teórica aprofundada em torno do conceito e desenvolvimento da inteligência, mas também uma reflexão pessoal sobre as suas próprias concepções e representações.” (Texto 3, pág. 7.)

Para se reformular os métodos de abordagem dos professores num contexto em que o objectivo é aproveitar de forma mais eficaz as capacidades intelectuais dos seus alunos, não será que se deverá ir ao “fundo” da questão.
O que é realmente a inteligência?

Contextualizando… dois gémeos univelinos, com 100% do seu genoma idêntico, com os mesmos padrões neuronais, exactamente com a mesma educação e apresentam personalidades e capacidades cognitivas completamente diferentes.

Será que não estamos a colocar a carroça a frente dos bois?

Pressinto que sim.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

«Por que razão é importante conhecermos as nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano?»

«Por que razão é importante conhecermos as nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano?»

Resposta:

De uma forma sintética, as teorias implícitas, são a nossa interpretação mais pessoal e visceral sobre determinados factos reais ou irreais que advêm do nosso mundo exterior ou interior.

Consequentemente, mesmo que não admitamos, analisar estas construções mentais que criamos em estados conscientes ou inconscientes da nossa apreensão é um passo serio para os desconstruirmos e sabermos num confronto directo com a realidade se o nosso ponto de vista é o mais correcto e objectivo.

Apresente duas ideias do senso comum que sejam incorrectas sobre o desenvolvimento humano. Explique as razões pelas quais essas ideias são consideradas inadequadas.

Duas ideias:

1.º O amor não se ensina!

Errado, a semente desse sentimento todos nós a carregamos, com níveis de potencialidade diferentes, contudo, o seu crescimento e maturação depende também de factores extrínsecos ao ser.

2.º O ódio não se ensina!

Errado, o campo de “cultivo” é o mesmo do sentimento acima referido o que muda são as técnicas de “irrigação”.

E - Fólio A - Psicologia do Desenvolvimento

1. Podemos admitir que entre todos os autores referidos no enunciado do presente e – fólio, aquele que enquadrou e aprofundou a sua pesquisa ao nível do Eu humano, num contexto em que as temáticas Educação e Psicologia do Desenvolvimento, interagem de forma mais dinâmica e intensa, terá sido Jean Piaget. De nacionalidade Suíça, Sir Jean William Fritz Piaget nasceu em Neuchâtel em 9 de Agosto de 1896 e faleceu na cidade de Genebra em 1980. No inicio da sua carreira académica estudou biologia na Suíça e só posteriormente se dedicou à área da Psicologia, sendo professor dessa cadeira na Universidade de Genebra entre 1929 e 1954, considerado a nível mundial o maior expoente do estudo do desenvolvimento cognitivo. A sua obra traduz-se em mais de cinquenta livros e inúmeros artigos, que somam mais de 20 mil páginas, onde podemos encontrar um conceito transversal, que é o alicerce de toda a sua pesquisa, o sujeito epistémico.
E o que é o sujeito epistémico?
De uma forma simplista e objectiva, poderemos defini-lo como um conjunto de características presentes e comuns a todos os seres humanos, que nos “conferem” as capacidades e ferramentas cognitivas para construir conhecimento, potencialidades que nos caracteriza como espécie.
E que capacidades são essas que Piaget isolou, ao analisar a constituição da nossa consciência ao nível do seu suporte biológico e mental?
Numa análise incisiva, é a nossa capacidade de construir relações. Essa potencialidade inata ao ser humano, permite-lhe associar de uma forma lógica determinadas informações que apreende do contexto real da sua existência, capacitando-o a construir um variado conjunto de operações mentais, essenciais para a aquisição do saber, desta forma, poderá observar, classificar, organizar, explicar, provar, abstrair, reconstruir, criar ligações, antecipar e efectuar conclusões.
Concluiu Piaget de forma magistral, que as características intrínsecas ao ser humano acima referidas, são sempre as mesmas, que são utilizadas na análise do meio, apenas o objecto em análise é que pode variar. Onde então poderemos aplicar os conhecimentos sistematizados sobre a nossa capacidade de ser e consequentemente de aprender e construir conhecimento?
Em forma de meia resposta, poderemos definir o seguinte, “Em um texto Clássico sobre a psicologia do desenvolvimento humano, Biaggio (1978) discute a difícil tarefa de conceituá-lo. A controvérsia emana sem dúvida do vasto campo de estudo que envolve a disciplina.” (Mota, 2005, pág. 106).



Num contexto dentro dos moldes de abordagem da Psicologia do Desenvolvimento, enquadrado nos objectivos de um curso de Educação, poderemos nos utilizar da dissecação das ferramentas do modelo do sujeito epistémico, entendido por Piaget, na analise e melhoramento das técnicas de ensino que poderão melhor aproveitar as virtudes latentes que estão presentes em todos nós, tendo como contexto aplicativo, a seguinte sistematização do desenvolvimento humano elaborada igualmente por Piaget, abaixo descrita:

1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
2º Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Cada fase acima indicada, contempla características de organização mental, que personalizam diferentes maneiras do ser humano interagir com a realidade que o rodeia, contudo, o término e o inicio de cada uma delas, poderá não ser fixo, podendo sofrer oscilações de indivíduo para indivíduo, mediante as características biológicas de cada um, e a influência dos estímulos exteriores captados por cada individualmente. Em forma de conclusão, o caminho de um ensino eficaz e equilibrado, será, num contexto em que o Professor “deixará de ensinar” mas sim, de capacitar o aluno de instrumentos que o possibilitem aprender por si próprio, como se refere de seguida. “Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de actor no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola piagetiana!” (Lima, 1980, p. 131).

2. Tendo em conta as características da sessão de formação definidas na questão número dois, poderemos enquadrá-la da seguinte forma:
1. Tema da Sessão: O contexto familiar e rendimento escolar.
2. Destinatários: Professores, Pais e Alunos.


3. Duração em tempo: 1 hora dividida em duas partes iguais, com um intervá-lo de 10 minutos.
4. Objectivos: Consciencializar da importância da família no contexto educativo.
5. Recursos: Leitura de textos/Teatralização dos contextos.
6. Metodologia de Trabalho: Método expositivo e interactivo.
7. Sequencia: Objecto da Psicologia do Desenvolvimento, Mudanças Necessárias.
8. Bibliografia Principal: Livro Racionalismo Cristão.

Descreve - se abaixo os temas principais a abordar na sessão de formação acima referida:

1. Introdução:

Definirmos de forma concreta, o objecto de estudo da psicologia do desenvolvimento, é por si só, uma aventura interminável e impossível de a circunscrever. Somos nós seres humanos, esse “objecto”. O Homem desde que começou a se demarcar como espécie singular, que luta no quotidiano da sua existência para determinar quem é, de onde veio, onde se encontra, e para onde irá. Nesse contexto quase imemorial, tentou reduzir a grandeza da sua própria mater e da existência onde esta integrado, diminuindo esse conjunto informativo, de forma, a que pudesse melhor entende-lo, obrigando-o nesse processo a criar religiões, filosofias existências, tais como as de carácter político, económico e místico.
Contudo, a Humanidade continua a ser neste pequeno planeta, o unico conjunto de seres, que vivem inconformados consigo próprios, revoltando-se inconscientemente com o vazio existencial em que vivem, projectando esse sentimento na destruição da própria natureza que lhes serve de abrigo e protecção.

1. Tema Principal/A Família no Contexto Educativo:

No contexto biológico e material em que nos encontramos, a família é necessariamente a “célula” principal das sociedades humanas, é nela que primeiramente aprendemos o principal alicerce para podermos de forma plena, percorrermos o caminho da aprendizagem e do conhecimento.

E qual é esse alicerce principal?

O conhecimento de quem nós somos, a definição do nosso próprio ser, sendo que esta noção, nasce normalmente através da condução emotiva e relacional em termos latos, que os nossos pais nos oferecem, desde o nosso nascimento, é então, um dever importantíssimo dos progenitores, possibilitarem ao bebé que se encontre consigo mesmo, nesse primeiro olhar introspectivo de forma saudável e equilibrada.
O crescimento a partir do período acima referido será gradativo e exponencial, dependendo principalmente da capacidade dos pais, de saberem corresponder às necessidades formativas do carácter da criança, tendo em conta, que mais não é sinónimo de bom e de menos igualmente.



Tal como refere Luiz de Mattos seguidamente:

“Combater, no processo de educação das crianças, tudo quanto possa contribuir para torná-las tímidas e medrosas, evitando, necessariamente, os caminhos extremos que conduzam à imprevidência e à temeridade, é dever que se impõe a todos os que tiverem uma parcela de responsabilidade para com elas. São de importância fundamental, por isso, os ensinamentos que forem ministrados à criança nessa delicadíssima fase da vida, através de lições do mais alto sentido moral e, sobretudo, de exemplos repletos de valor, para que sejam bem assimilados e contribuam para a formação de uma personalidade valorosa.” (Mattos, 2010, pág. 75).

Uma ferramenta indispensável, não será arriscar afirmar, a mais importante, na construção de um ser feliz, que poderá aproveitar todo o seu potencial para benefício próprio e do colectivo, será através da força do exemplo, exemplo esse, que deverá ser materializado obrigatoriamente no processo de formação educativo, seja informal, (no seio familiar) ou formal (na escola), do ser em construção, por aqueles que são os seus responsáveis.

Conclusão:

A fornalha lapidadora do Eu humano, é única, e insubstituível, A FAMILIA, é a partir deste “útero”, que as sociedades humanas se poderão reestruturar. Mas para que isso aconteça, o Homem tem de conhecer quem realmente é e daquilo que faz parte, e a partir desses dois grandes conceitos guias, poderá utilizá-los como ferramentas seriadoras do conteúdo informativo, que mais se adequa a realidade em que vive, podendo codificar padrões educativos e comportamentais mais adequados as suas próprias características e potencialidades, de forma a definir os requisitos de uma educação, que contemple o ser humano como uma parcela integrado num Todo mais abrangente.
Devemos por ultimo entender, que Professores, Pais, Alunos, todos eles aprendem ou deveriam aprender em primeira instância com a família.
Se chegarmos à conclusão que a Educação nas Escolas não é aquela que melhor aproveita os potenciais latentes dos seus alunos, então, deveremos iniciar essa mudança na família. Contudo um alerta, independentemente das técnicas de abordagem psicológica – educacional que se poderá adoptar no futuro, só podermos atingir a máxima eficiência, quando reformularmos o nosso próprio entendimento de Ética de Moral e de Equilíbrio.

Bibliografia:

1. Mota, 2005, Temas em Psicologia, pág. 106- http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n02.pdf
2. Mattos Luiz, 2010, Racionalismo Cristão, pág 75
3. LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget para principiantes. 2. ed. São Paulo: Summus, 1980, pág 131

Esfera Intemporal

Esfera sem espaço e sem tempo, sem começo e sem fim, é a síntese possível da parcela do real que conseguimos apreender.