terça-feira, 24 de maio de 2011

E - Fólio B - Psicologia do Desenvolvimento

Tarefa 1.

É um facto adquirido pelo senso comum de que o ser humano apresenta uma característica transversal em toda a sua espécie, a capacidade e necessidade de se partilhar com o outro seu igual. A história da Humanidade fala-nos de cooperação entre indivíduos unidos por muitas vezes por ideais que transcendem as necessidades meramente biológicas ou circunstâncias suportando-se em conceitos éticos e morais que revelam que o Homem tem a capacidade de transcender a singularidade do eu, revendo-se a sim mesmo através dos outros.

O desenvolvimento físico e mental do ser humano é gradativo e em cada etapa do seu crescimento apresenta características próprias que a define.
A infância é o início da “edificação” de todo o complexo mente – corpo, esta dualidade que constitui o ser humano enquanto ser inteligente e social é a base a ter em conta no seu correcto desenvolvimento. A componente genética, educacional e ambiental, talvez seja a matriz modeladora que irá determinar a pessoa enquanto elemento da espécie humana e individuo único na sua sociedade. Arriscamos comparar a genética a um balão, onde o ar insuflado é o carácter educacional e a pressão do gás a componente ambiental.

Nenhum dos três factores determinantes acima referidos são independentes na sua contribuição para a constituição da psíquica e física da criança.
“O bebé não sorri por determinação genética. É o registo de uma matriz social (a voz da mãe) e é a emoção de uma contingência de afectos que o faz sorrir (Gomes-Pedro, 2005).” (Oliveira, et al pág. 32).

A determinante afecto estimula naturalmente o potencial socializante que todos nos temos dentro de nós, que através de um enquadramento de valores éticos e morais possibilita o desenvolvimento mental equilibrado na criança, capacitando-a para a melhor integração nas sociedades do mundo.

A adolescência é um período onde a parcela psíquica do ser é posta à prova pela necessária maturação física do seu corpo e pela própria família e sociedade. O adolescente sente-se dividido entre dois mundos, onde os seus direitos e deveres de criança, transitam para outros onde a responsabilização é a pedra de toque mais importante nessa mudança.

O acompanhamento psicológico mais próximo do adolescente nesta sua fase da vida é de extrema importância para que este consiga ultrapassar este período de transição da infância – adolescência para a face adulta da sua vida sem traumas e desequilíbrios. O apoio psíquico deverá ser dado essencialmente pelos seus progenitores, que desde a infância poderão formar os laços de confiança necessários para que não haja a fuga “tradicional” do adolescente na sua procura de ajuda a elementos exteriores ao seu núcleo familiar.

“Apesar disto, na actualidade, as menores exigências de responsabilidade associada à assumpção destes papéis dominam a vida de muitos jovens, pelo que estes se encontram numa situação de “semi-adultos”, onde se perspectiva uma entrada na idade adulta progressiva, sem a pressão do compromisso com os tradicionais papéis de adulto nos domínios do trabalho e da família (Reitzle, 2006)”. (Andrade, 2010, pág. 261).

Como refere acima o autor, podemos definir as famílias, as células geradoras e reguladoras das sociedades, desta forma deverão assumir na educação dos seus descendentes a ideia de cooperação e responsabilidade activa na construção do meio social que é de todos. Contudo todos esses conceitos deverão ser integrados na conduta educativa dos pais, tendo sempre por base o amor e o respeito por todos.

A idade adulta deveria ser o ponto máximo, onde as capacidades mentais e físicas do ser humano estariam no seu zénite. Contudo, tal como na construção de um edifício, os alicerces fracos não suportam fortes vendavais, o passado educativo de um adulto é determinante para a solidez boa ou má dos das suas fundações.

Alicerces com uma estrutura demasiadamente rígida ou demasiadamente flexível não dão suporte fiável a todo o conjunto, qualquer factor exterior irá facilmente destabilizá – lo. Assim é com o ser humano, onde uma educação rígida com ausência de carinho ou o seu oposto apenas irão formar um ser humano instável e frágil.

Contrariam-se, assim, as antigas suposições que previam a crise ou o declínio da família, a sua importância no quotidiano e na construção e manutenção da identidade do adulto está reforçada (Vala, J.Cabral, M.V, & Ramos, 2003). (Sousa, 2008, pág., 15).

É o entendimento corrente que a velhice é o culminar da vida humana, onde o corpo físico apresenta-se na fase de decaimento das suas capacidades orgânicas e onde as capacidades mentais por consequências estão igualmente mais reduzidas.

Desta forma podemos entender, que as diversas culturas em todo o mundo interpretaram o papel do idoso de formas diferentes e adaptadas as circunstâncias e características do seu grupo populacional. Por exemplo, na maioria das tribos africanas ou indígenas praticamente dispersas por todo o planeta a velhice é sinónimo de sabedoria e inteligência que advém da pratica e da experiencia. Esses pequenos aglomerados humanos que dependem de técnicas de caça e sobrevivência muito especializados dependem dos mais idosos como “reservatórios” naturais de sabedoria para a manutenção dessa informação de geração em geração. Consequentemente, integraram no seu sistema educativo e de crenças a valorização desta ultima fase da madureza humana que é a velhice.

A designação ‘velho’ não é mais adequada para nomear esses ‘jovens senhores’ e seu novo estilo de vida. Surge, desse modo, a denominação ‘idoso’, mais respeitosa e distintiva das camadas médias. Peixoto (1998) analisa a passagem do uso de ‘velho’ para ‘idoso’, tanto na França como no Brasil, e mostra a transformação do uso público das expressões relacionadas ao envelhecimento. (Silva, 2008, pág. 163).

Podemos perceber através do que refere acima o autor, que o conceito de idoso poderá sofrer alterações ao longo dos tempos, através por exemplo dos novos enquadramentos económicos da sociedade, não sendo fácil adivinhar que a determinante definidora da própria evolução psíquica e física do homem não está na sua natureza intrínseca mas sim em factores exteriores relativos a sua integração na sociedade e às necessidades desta.

Tarefa 2.

a) Dificuldades face às tarefas apresentadas:

No que diz respeito às dificuldades relativas as tarefas a realizar, poderá-se referir que o escalonamento temporal dos trabalhos de preparação relativos aos temas em estudo, é a dificuldade com mais relevância. Não existe dúvida sobre a importância de trabalhar os temas em profundidade, aborda-los num regime de estudo onde inicialmente se começa pela leitura e posteriormente a integração da informação presente no texto através do entendimento do seu conteúdo, culminando num teste pessoal através da realização de uma ficha ou trabalho formativo. Contudo para que o estudo seja eficaz através do contexto atrás referido é exigido ao aluno um método de estudo muito disciplinado e espartano de forma a ser conciliado com uma vida de trabalho e de outras responsabilidades.

b) Ganhos em termos de aprendizagem:

Os ganhos de aprendizagem são imensos. Principalmente ao nível da responsabilização e autonomia de estudo que cada aluno deverá conceber e construir quase de forma completamente autónoma. A comunicação assíncrona apesar de inicialmente se apresentar como uma desvantagem poderá ser utilizada como “motor” proporcionador de novos caminhos que terão que ser obrigatoriamente palmilhados de forma a que continue a existir comunicação entre aluno e professor e restantes colegas.
c) Aspectos que mais o interessaram e aspectos que considerou menos interessantes:
Essencialmente o aspecto menos interessante neste tipo de processo de aprendizagem é o de o aluno não poder criar tempo. Quem desconhece o ensino a distância caracteriza-o de forma pejorativa e negativa sem conhecer as suas reais condições e características. É um ensino exigente e de futuro considerando as necessidades da sociedade.

d) Metodologia de trabalho e de avaliação:

A metodologia de trabalho no regime de avaliação contínua é de uma grande exigência onde o aluno deverá ler e estudar praticamente todos os dias a bibliografia de referência ou secundaria e os textos de apoio, de forma a poder acompanhar as fichas de trabalho e os fóruns de discussão. O regime de avaliação é adequado a este regime de ensino onde o e – fólio demonstra ao professor a capacidade de entendimento e de síntese dos aluno, culminado com a prova presencial onde a transversalidade dos temas e sem apoio bibliográfico demonstra de forma inequívoca o nível de saber do aluno.

e) Outras reflexões pessoais.

Um aluno do ensino a distância deverá ser uma pessoa com grande auto disciplina e espírito de sacrifício. Num contexto de vida onde além da responsabilidade de estudar se assumiram outras de grande importância faz-se necessário o bom planeamento do tempo e do esforço de forma a que a aventura de ser trabalhador estudante chegue a bom porto.

Bibliografia:

Andrade C. (2010). “ Transição para a idade adulta: Das condições sociais às implicações psicológicas.” pág. 261.
Oliveira M. e Cunha M. – “Infância e Desenvolvimento”, pág. 32.
Sousa F. (2008). “O que é “ser adulto”? As práticas e representações sociais – A Sociologia do Adulto.” pág. 15.
Sousa F. (2008). “O que é “ser adulto”? As práticas e representações sociais – A Sociologia do Adulto.” pág. 15.
Silva, L. (2008). Da velhice à terceira idade: o percurso histórico das identidades atreladas ao processo de envelhecimento.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Após a leitura e reflexão do artigo «Representações sobre o desenvolvimento humano», apresente as representações sociais identificadas pela autora sobre os diferentes grupos etários.

“Nossos resultados mostram que a criança foi associada com brincadeiras, inocência e
dependência; o adolescente com transformações no corpo, crises existenciais e sexualidade; o adulto com produtividade, trabalho, estabilidade e, o idoso com sabedoria e experiência.” (RSDH, pág. 147).

Definir as representações caracterizadoras de um grupo etário num contexto alargado de sociedade, tem como base imutável essencial as marcas do tempo nos corpos biológicos, todas as restantes características variam, dependendo dos objectivos que os conceitos intrínsecos ou extrínsecos do avaliador entendem como correctos.

Qual é a importância da metacognição no processo de aprendizagem?

“Assim, o «bom aluno» deveria saber resolver problemas, avaliar e corrigir o seu desempenho pessoal, ou seja, usar o pensamento metacognitivo na sua tripla atribuição: conhecimento acerca dos seus próprios processos cognitivos tomada de consciência desses processos e controlo sobre os próprios processos mentais.” (Texto 3, pág. 6).

A definição contextualizada na prática da metacognição acima definida é um exemplo objectivo de como deveria ser o papel de um aluno e professor no entendimento de Piaget, contudo, apesar de um professor não dever sempre “ensinar” de forma tradicional, deverá através do exemplo introduzir no aluno o entendimento das ferramentas de auto – analise e de auto – reflexão, que no presente sistema de ensino ainda se pouco utiliza que poderá ser mais do que simples sistema tampão ou regulador pessoal, mas sim, uma força motriz na criação de novo conhecimento.

Confronte a sua postura face à aprendizagem e ao seu processo formativo com as ideias do Texto 3 sobre a formação de educadores/professores

“Trata-se de promover competências de reflexão mobilizadas em função de uma dialéctica interactiva entre teoria e prática ou, se quisermos, entre teorias implícitas e teorias explícitas, no sentido de uma (re)construção profissional e pessoal permanente.” (Texto 3, pág. 7)

Nem todas concepções implícitas são senso comum desinteligente, nem todas as concepções explícitas são correctas. A lógica para analisar de forma mais equilibrada a mente humana de forma a criar mecanismos pedagógicos que possibilitem a sua formação saudável carece menos de entendimento matemático e mais emocional, tendo em conta as características únicas de cada um.

Reflicta sobre uma ideia do mesmo texto que, para si, seja nova e muito importante.

“Todo este enquadramento teórico-prático inerente à concepção construtivista/ interaccionista pressupõe a reconceptualização dos percursos formativos dos professores no sentido de favorecer não apenas uma reflexão e análise teórica aprofundada em torno do conceito e desenvolvimento da inteligência, mas também uma reflexão pessoal sobre as suas próprias concepções e representações.” (Texto 3, pág. 7.)

Para se reformular os métodos de abordagem dos professores num contexto em que o objectivo é aproveitar de forma mais eficaz as capacidades intelectuais dos seus alunos, não será que se deverá ir ao “fundo” da questão.
O que é realmente a inteligência?

Contextualizando… dois gémeos univelinos, com 100% do seu genoma idêntico, com os mesmos padrões neuronais, exactamente com a mesma educação e apresentam personalidades e capacidades cognitivas completamente diferentes.

Será que não estamos a colocar a carroça a frente dos bois?

Pressinto que sim.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

«Por que razão é importante conhecermos as nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano?»

«Por que razão é importante conhecermos as nossas teorias implícitas sobre o desenvolvimento humano?»

Resposta:

De uma forma sintética, as teorias implícitas, são a nossa interpretação mais pessoal e visceral sobre determinados factos reais ou irreais que advêm do nosso mundo exterior ou interior.

Consequentemente, mesmo que não admitamos, analisar estas construções mentais que criamos em estados conscientes ou inconscientes da nossa apreensão é um passo serio para os desconstruirmos e sabermos num confronto directo com a realidade se o nosso ponto de vista é o mais correcto e objectivo.

Apresente duas ideias do senso comum que sejam incorrectas sobre o desenvolvimento humano. Explique as razões pelas quais essas ideias são consideradas inadequadas.

Duas ideias:

1.º O amor não se ensina!

Errado, a semente desse sentimento todos nós a carregamos, com níveis de potencialidade diferentes, contudo, o seu crescimento e maturação depende também de factores extrínsecos ao ser.

2.º O ódio não se ensina!

Errado, o campo de “cultivo” é o mesmo do sentimento acima referido o que muda são as técnicas de “irrigação”.

E - Fólio A - Psicologia do Desenvolvimento

1. Podemos admitir que entre todos os autores referidos no enunciado do presente e – fólio, aquele que enquadrou e aprofundou a sua pesquisa ao nível do Eu humano, num contexto em que as temáticas Educação e Psicologia do Desenvolvimento, interagem de forma mais dinâmica e intensa, terá sido Jean Piaget. De nacionalidade Suíça, Sir Jean William Fritz Piaget nasceu em Neuchâtel em 9 de Agosto de 1896 e faleceu na cidade de Genebra em 1980. No inicio da sua carreira académica estudou biologia na Suíça e só posteriormente se dedicou à área da Psicologia, sendo professor dessa cadeira na Universidade de Genebra entre 1929 e 1954, considerado a nível mundial o maior expoente do estudo do desenvolvimento cognitivo. A sua obra traduz-se em mais de cinquenta livros e inúmeros artigos, que somam mais de 20 mil páginas, onde podemos encontrar um conceito transversal, que é o alicerce de toda a sua pesquisa, o sujeito epistémico.
E o que é o sujeito epistémico?
De uma forma simplista e objectiva, poderemos defini-lo como um conjunto de características presentes e comuns a todos os seres humanos, que nos “conferem” as capacidades e ferramentas cognitivas para construir conhecimento, potencialidades que nos caracteriza como espécie.
E que capacidades são essas que Piaget isolou, ao analisar a constituição da nossa consciência ao nível do seu suporte biológico e mental?
Numa análise incisiva, é a nossa capacidade de construir relações. Essa potencialidade inata ao ser humano, permite-lhe associar de uma forma lógica determinadas informações que apreende do contexto real da sua existência, capacitando-o a construir um variado conjunto de operações mentais, essenciais para a aquisição do saber, desta forma, poderá observar, classificar, organizar, explicar, provar, abstrair, reconstruir, criar ligações, antecipar e efectuar conclusões.
Concluiu Piaget de forma magistral, que as características intrínsecas ao ser humano acima referidas, são sempre as mesmas, que são utilizadas na análise do meio, apenas o objecto em análise é que pode variar. Onde então poderemos aplicar os conhecimentos sistematizados sobre a nossa capacidade de ser e consequentemente de aprender e construir conhecimento?
Em forma de meia resposta, poderemos definir o seguinte, “Em um texto Clássico sobre a psicologia do desenvolvimento humano, Biaggio (1978) discute a difícil tarefa de conceituá-lo. A controvérsia emana sem dúvida do vasto campo de estudo que envolve a disciplina.” (Mota, 2005, pág. 106).



Num contexto dentro dos moldes de abordagem da Psicologia do Desenvolvimento, enquadrado nos objectivos de um curso de Educação, poderemos nos utilizar da dissecação das ferramentas do modelo do sujeito epistémico, entendido por Piaget, na analise e melhoramento das técnicas de ensino que poderão melhor aproveitar as virtudes latentes que estão presentes em todos nós, tendo como contexto aplicativo, a seguinte sistematização do desenvolvimento humano elaborada igualmente por Piaget, abaixo descrita:

1º Período: Sensório-motor (0 a 2 anos)
2º Período: Pré-operatório (2 a 7 anos)
3º Período: Operações concretas (7 a 11 ou 12 anos)
4º Período: Operações formais (11 ou 12 anos em diante)

Cada fase acima indicada, contempla características de organização mental, que personalizam diferentes maneiras do ser humano interagir com a realidade que o rodeia, contudo, o término e o inicio de cada uma delas, poderá não ser fixo, podendo sofrer oscilações de indivíduo para indivíduo, mediante as características biológicas de cada um, e a influência dos estímulos exteriores captados por cada individualmente. Em forma de conclusão, o caminho de um ensino eficaz e equilibrado, será, num contexto em que o Professor “deixará de ensinar” mas sim, de capacitar o aluno de instrumentos que o possibilitem aprender por si próprio, como se refere de seguida. “Aceitar o ponto de vista de Piaget, portanto, provocará turbulenta revolução no processo escolar (o professor transforma-se numa espécie de ‘técnico do time de futebol’, perdendo seu ar de actor no palco). (...) Quem quiser segui-lo tem de modificar, fundamentalmente, comportamentos consagrados, milenarmente (aliás, é assim que age a ciência e a pedagogia começa a tornar-se uma arte apoiada, estritamente, nas ciências biológicas, psicológicas e sociológicas). Onde houver um professor ‘ensinando’... aí não está havendo uma escola piagetiana!” (Lima, 1980, p. 131).

2. Tendo em conta as características da sessão de formação definidas na questão número dois, poderemos enquadrá-la da seguinte forma:
1. Tema da Sessão: O contexto familiar e rendimento escolar.
2. Destinatários: Professores, Pais e Alunos.


3. Duração em tempo: 1 hora dividida em duas partes iguais, com um intervá-lo de 10 minutos.
4. Objectivos: Consciencializar da importância da família no contexto educativo.
5. Recursos: Leitura de textos/Teatralização dos contextos.
6. Metodologia de Trabalho: Método expositivo e interactivo.
7. Sequencia: Objecto da Psicologia do Desenvolvimento, Mudanças Necessárias.
8. Bibliografia Principal: Livro Racionalismo Cristão.

Descreve - se abaixo os temas principais a abordar na sessão de formação acima referida:

1. Introdução:

Definirmos de forma concreta, o objecto de estudo da psicologia do desenvolvimento, é por si só, uma aventura interminável e impossível de a circunscrever. Somos nós seres humanos, esse “objecto”. O Homem desde que começou a se demarcar como espécie singular, que luta no quotidiano da sua existência para determinar quem é, de onde veio, onde se encontra, e para onde irá. Nesse contexto quase imemorial, tentou reduzir a grandeza da sua própria mater e da existência onde esta integrado, diminuindo esse conjunto informativo, de forma, a que pudesse melhor entende-lo, obrigando-o nesse processo a criar religiões, filosofias existências, tais como as de carácter político, económico e místico.
Contudo, a Humanidade continua a ser neste pequeno planeta, o unico conjunto de seres, que vivem inconformados consigo próprios, revoltando-se inconscientemente com o vazio existencial em que vivem, projectando esse sentimento na destruição da própria natureza que lhes serve de abrigo e protecção.

1. Tema Principal/A Família no Contexto Educativo:

No contexto biológico e material em que nos encontramos, a família é necessariamente a “célula” principal das sociedades humanas, é nela que primeiramente aprendemos o principal alicerce para podermos de forma plena, percorrermos o caminho da aprendizagem e do conhecimento.

E qual é esse alicerce principal?

O conhecimento de quem nós somos, a definição do nosso próprio ser, sendo que esta noção, nasce normalmente através da condução emotiva e relacional em termos latos, que os nossos pais nos oferecem, desde o nosso nascimento, é então, um dever importantíssimo dos progenitores, possibilitarem ao bebé que se encontre consigo mesmo, nesse primeiro olhar introspectivo de forma saudável e equilibrada.
O crescimento a partir do período acima referido será gradativo e exponencial, dependendo principalmente da capacidade dos pais, de saberem corresponder às necessidades formativas do carácter da criança, tendo em conta, que mais não é sinónimo de bom e de menos igualmente.



Tal como refere Luiz de Mattos seguidamente:

“Combater, no processo de educação das crianças, tudo quanto possa contribuir para torná-las tímidas e medrosas, evitando, necessariamente, os caminhos extremos que conduzam à imprevidência e à temeridade, é dever que se impõe a todos os que tiverem uma parcela de responsabilidade para com elas. São de importância fundamental, por isso, os ensinamentos que forem ministrados à criança nessa delicadíssima fase da vida, através de lições do mais alto sentido moral e, sobretudo, de exemplos repletos de valor, para que sejam bem assimilados e contribuam para a formação de uma personalidade valorosa.” (Mattos, 2010, pág. 75).

Uma ferramenta indispensável, não será arriscar afirmar, a mais importante, na construção de um ser feliz, que poderá aproveitar todo o seu potencial para benefício próprio e do colectivo, será através da força do exemplo, exemplo esse, que deverá ser materializado obrigatoriamente no processo de formação educativo, seja informal, (no seio familiar) ou formal (na escola), do ser em construção, por aqueles que são os seus responsáveis.

Conclusão:

A fornalha lapidadora do Eu humano, é única, e insubstituível, A FAMILIA, é a partir deste “útero”, que as sociedades humanas se poderão reestruturar. Mas para que isso aconteça, o Homem tem de conhecer quem realmente é e daquilo que faz parte, e a partir desses dois grandes conceitos guias, poderá utilizá-los como ferramentas seriadoras do conteúdo informativo, que mais se adequa a realidade em que vive, podendo codificar padrões educativos e comportamentais mais adequados as suas próprias características e potencialidades, de forma a definir os requisitos de uma educação, que contemple o ser humano como uma parcela integrado num Todo mais abrangente.
Devemos por ultimo entender, que Professores, Pais, Alunos, todos eles aprendem ou deveriam aprender em primeira instância com a família.
Se chegarmos à conclusão que a Educação nas Escolas não é aquela que melhor aproveita os potenciais latentes dos seus alunos, então, deveremos iniciar essa mudança na família. Contudo um alerta, independentemente das técnicas de abordagem psicológica – educacional que se poderá adoptar no futuro, só podermos atingir a máxima eficiência, quando reformularmos o nosso próprio entendimento de Ética de Moral e de Equilíbrio.

Bibliografia:

1. Mota, 2005, Temas em Psicologia, pág. 106- http://www.sbponline.org.br/revista2/vol13n2/v13n02.pdf
2. Mattos Luiz, 2010, Racionalismo Cristão, pág 75
3. LIMA, Lauro de Oliveira. Piaget para principiantes. 2. ed. São Paulo: Summus, 1980, pág 131

Esfera Intemporal

Esfera sem espaço e sem tempo, sem começo e sem fim, é a síntese possível da parcela do real que conseguimos apreender.